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Motorista de Aplicativo

Sou fã da sequência de filmes protagonizada por Denzel Washington, The Equalizer (BRA: O Protetor). Se trata de um agente governamental que trabalha como motorista de Uber, e em suas horas vagas, faz justiçamento. Sempre quando tomo uma corrida de aplicativo me lembro do filme. Costumo conversar com os motoristas, os quais têm as mais diferentes profissões ou formações. Desde pessoas aposentadas, funcionários temporariamente fora do seu mercado de trabalho, empresários fazendo um extra, profissionais liberais ou autônomos. Acredito que esta atividade é muito democrática, qualquer que tenha habilitação e um carro, é bem-vindo. Na maioria das vezes, eles dizem estarem satisfeitos, alguns mais, outros menos. Têm alguns poucos que conheço que fazem, mas odeiam fazer. Falta de escolha. Estes se irritam com os passageiros e com a empresa do aplicativo. Entendo que muitos passageiros são terríveis, arrogantes, inclusive. Muitos passageiros não têm nada, mas quando entram no carro, se sentem superiores e no direito de maltratar os motoristas, pois eles estão recebendo pagamento (muitas vezes míseros reais). Mas pergunto aos motoristas o que fazem com estes passageiros, como driblar estas situações. E a resposta em geral é ignorar estes passageiros. Quando percebem se tratar deste tipo de passageiro, se restringem ao máximo no contato, aguardando somente acabar a corrida. Estes são motoristas estóicos, aceitam o que não podem mudar. E focam nos passageiros bons, aqueles com que eles podem ter um bom momento de prosa, uma boa conversa, compartilhar boas dicas em qualquer área. Parabéns aos McCalls da vida! Estes são meus dois centavos!


Guilherme Hess, administrador de Empresas, colaborador da Revista MultiFamília

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