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“Quão pouco é preciso para ser feliz! O som de uma gaita. Sem música a vida seria um erro.” Friedrich Nietzsche
Claudete Weber
Licenciada em Letras
Português/Inglês
Professora da Cliff Idiomas
A música já teve e continua tendo
várias definições. Uma voz, um riacho, o canto dos pássaros. Tudo, em algum
momento, pode ou pôde ter sido considerado música. Muitos estudiosos afirmam
que ela nasceu com o homem, ou que nasceu com a necessidade do homem
exteriorizar seus sentimentos.
Zimmermann
(1996) afirma que o som precede a criação do ser humano. Foi na natureza que se
deu o primeiro artifício sonoro. Em sequência, Deus criou o animal, que
produziu a sua própria linguagem, a qual também pode ser considerada
sonoridade. Para a autora, o surgimento veio com o homem, ser único capaz de
criar essa arte.
O homem
primitivo produziu os primeiros sons a partir do próprio corpo, através da
percepção dos batimentos cardíacos, da voz (mesmo através de urros), batendo
palmas e outras partes de sua estrutura física. Passou a assimilar os sons da
natureza e posteriormente iniciou a confecção de objetos sonoros. Em diferentes
locais foram encontradas flautas feitas de ossos, embora estudos da arqueologia
afirmem que os primeiros instrumentos teriam sido chocalhos e tambores.
Na
Antiguidade, os músicos tocavam e cantavam louvando a Deus, de modo que todos
acreditavam que eles tinham um dom especial e mereciam respeito e pompa. Em
outros períodos da História, a música continuou tendo relações com a religião,
desempenhando importante papel.
Na mitologia
grega, a música era vista como uma musa, e diz-se que a lira seria uma criação
do deus Apolo, considerado o guia das musas das artes. Para gregos e romanos, a
música, além de evidenciar sentimentos, é parte essencial de sua educação.
É encantador
pensar que as gerações futuras terão os registros daquilo que hoje é a música,
enquanto o mesmo não pôde ser realizado em relação a estes primeiros
instrumentos e manifestações musicais do homem.
Quanto à
criança, desde cedo ela é apresentada à música. Aliás, o primeiro contato
sonoro que reconhecemos é a voz da nossa mãe. Esta é uma ação afetiva que
conforta e acalma.
Conforme
diferentes autores, as crianças parecem mais afinadas com a “língua” enquanto
música antes mesmo de perceber e produzir a linguagem. Isso pode ser percebido
através do comportamento dos bebês, quando adultos se dirigem a eles utilizando
uma fala infantilizada, definida como motherese language, utilizando uma
entonação mais musical e afetiva.
Através
destas breves reflexões, se me for possível um conselho, eu diria que as
crianças, desde cedo deveriam ter acesso a canções de qualidade, possibilitando
que usufruam de todo o encantamento e beleza que a música pode nos
proporcionar.